Uma reconstrução de alta tecnologia mostra qual era a aparência do faraó Tutankamon, que governou o Egito antigo há mais de 3.000 anos.
A reconstrução é muito diferente da máscara dourada encontrada em sua tumba. Em vez de traços delicados, o modelo mostra um jovem com o rosto amplo, mação proeminentes e testa pesada.
O especialista em reconstrução facial Robin Richards, da Universidade College London, criou uma cópia digital 3D usando informações de raio-X, tiradas em 1968, da múmia de Tutankamon. Ele acrescentou dados sobre a etnia, o sexo e a idade do faraó.
Os dados foram enviados para técnicos em efeitos especiais da Nova Zelândia, que acrescentaram cor aos olhos, pele e sobrancelhas.
Depois, o modelador facial britânico Alex Fort montou um modelo em fibra de vidro, que está exposto no Museu de Ciência de Londres (Inglaterra).
"Acho que as pessoas ficarão surpresas, pois é um rosto bem diferente. Mas é bem realista, por causa da tecnologia usada", disse uma porta-voz do museu.
A tumba do rei Tutankamon, que governou o Egito no século 14 a.C e morreu misteriosamente ainda jovem, foi descoberta pelo arqueólogo britânico Howard Carter em 1922. O local continha tantos artefatos que foram necessários dez anos para removê-los.
Doença
Os raios-X de Tutankamon mostram que os ossos de seu pescoço eram fundidos. Segundo o médico Todd Grey, que examinou as chapas, isso poderia indicar uma síndrome chamada de Klippel-Feil.
A característica mais óbvia da desordem é a mobilidade do pescoço. No entanto, ela também pode causar escoliose, anomalias renais, surdez e problemas respiratórios.
"Ele deveria ficar instável em pé, e pode ter andado com uma bengala ou com alguém o ajudando", disse.
Alguns historiadores defendem que o faraó, após nove anos de reinado, foi assassinado quando tinha 18 anos. Porém, Grey afirma que apenas uma pequena queda pode ser fatal para os portadores da síndrome.
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